sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

Brilhante!

Não se vai passar para os lados de Sintra... é um facto! Mas não posso deixar de destacar um evento que me leva a uma viagem pela minha infância. Tinha eu cerca de três aninhos de existência quando Chico Buarque de Holanda lançou a Ópera do Malandro (1977), um dos discos mais ouvidos em casa dos meus pais.
Uma obra brilhante da música ligeira brasileira, baseada na Ópera do Mendigo, de John Gay e na Ópera dos Três Vinténs, de Bertold Brecht e Kurt Weill, e que irá estar em cena no CCB a partir de amanhã e até dia 6 de Março, no Casino da Figueira da Foz de 10 a 13 de Março, no Coliseu do Porto de 17 a 20 de Março e, de regresso a Lisboa, no Coliseu dos Recreios entre 23 e 26 de Março.


É certo que, em qualquer uma destas sessões, os bilhetes já estão praticamente esgotados mas, se não conseguiu bilhete, e se não conhece a Ópera do Malandro, vale sempre a pena ouvir o disco. Temas como “Teresinha”, “Pedaço de Mim” ou “Doze Anos”, valem a pena ser escutados!

“(...) a Ópera dá-nos a conhecer o bairro da Lapa (Rio de Janeiro) dos anos 40, com os seus contrabandistas, prostitutas e muitas cenas de faca e alguidar. É aí que encontramos Teresinha (Soraya Ravenle), filha única de Fernandes de Duran (Mauro Mendonça) e Vitória (Selma Reis). Para desgosto da família, a jovem enamora-se por Max Overseas (Alexandre Schumacher), o maior de todos os malandros, e ninguém a demove de dar o nó. O enlace traz consigo um enorme clima de vingança e rivalidade entre Overseas e os pais de Teresinha, que só descansarão quando virem o rebento longe das garras do malandro(...)”. In, A Capital, 25 Fevereiro 2004


Aqui fica uma pequena amostra... em palavras...

“(...) Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus (...)”