terça-feira, 22 de novembro de 2005

O Último Marialva em Seteais...

A 22 Novembro de 1823, em Paris, falecia Dom Pedro José Vito Meneses Coutinho, o 6º Marquês de Marialva, 8º Conde de Cantanhede, o último Marialva a habitar o Palácio de Seteais.
Filho de D. Diogo Vito de Menezes Coutinho, 5.º Marquês de Marialva, entrou para o exército como cadete em Outubro de 1786.
A sua carreira foi progredindo no regimento de cavalaria de Alcântara, tendo saído do regimento quando foi nomeado, em 1796, ajudante de campo do Duque de Lafões.
Em Setembro de 1802 foi nomeado Director do Arquivo Militar para a conservação das Cartas militares, geográficas e marítimas, função que manteve até à chegada do exército francês de ocupação, comandado por Junot.
Fez parte da delegação enviada a França por Junot para cumprimentar Napoleão.
Em 1814, foi encarregue de cumprimentar Luís XVIII, quando este regressou a França, enquanto embaixador extraordinário. Manteve-se como embaixador em Paris, tendo também negociado o casamento da arquiduquesa Maria Leopoldina com o príncipe D. Pedro.
Morreu em Paris quando regressava ao seu posto de embaixador, solteiro e sem descendência.

O Palácio de Seteais

(Foto: Manuel Matos in TrekEarth)

O Palácio de Seteais foi mandado construir pelo holandês Daniel Gildemeester, cônsul dos Países Baixos e proeminente homem de negócios, protegido do Marquês de Pombal. A família deste rico proprietário holandês não se terá deslumbrado com a magnificência de Seteais e de Sintra pois, após a morte de Gildemeester, em 1793, o Palácio foi vendido ao 5º Marquês de Marialva, Estribeiro Mor da Casa Real. O Marquês fez diversas obras de beneficência ao palácio, e mandou construir a elegante fachada neoclássica e o respectivo Arco Triunfal.
Extinta a Casa de Marialva, com o falecimento em 1823 do 6º Marquês, a propriedade de Seteais pouco mais tempo foi habitada. Já quase no final do século XIX, o Conde de Sucena comprou o palácio, tendo este sido depois vendido pelo seu sucessor ao Estado, momento a partir do qual passou a ser utilizado como unidade hoteleira de prestígio, o Hotel Tivoli Palácio Seteais.

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