quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Doçaria Sintrense VII

Mais docinhos...

Para além das famosíssimas Queijadas de Sintra, dos não menos famosos Travesseiros, dos Fofos de Belas, dos quase desconhecidos Agualvas, dos Parrameiros e das Nozes Douradas, o concelho de Sintra está recheado de outros doces não menos apetecíveis.
É o caso das Peras Pardas cozidas, as quais se tornaram um fenómeno de identidade cultural e uma referência emblemática do concelho, e cuja fama levou (e ainda leva) os nomes de Sintra e Colares aos quatro cantos do mundo. Por curiosidade, existe uma localidade no concelho de Sintra que se chama… Peras Pardas!

De referência obrigatória são também os pastéis da Pena, os secretos e pouco conhecidos pastéis da Cruz Alta, os bolos da Festa da Nossa Senhora da Graça de Almoçageme, os bolos da Festa de São Mamede de Janas, os suspiros e os pastéis de nata da Pastelaria Gregório (que cada vez mais rivalizam com os famosos pastéis de Belém), e ainda diversas compotas tradicionais fabricadas segundo métodos muito antigos.

Todos estes maravilhosos doces compõem a riquíssima gastronomia sintrense, ficando assim provado que, para além das idílicas paisagens, Sintra oferece iguarias maravilhosas!

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terça-feira, 26 de setembro de 2006

Doçaria Sintrense VI

Nozes douradas

As nozes douradas são um doce típico da zona de Sintra que também se pode encontrar em outras zonas do país. Trata-se de um pequeno bolinho irresistível, feito de noz, açúcar e doce de ovos.
As nozes douradas têm diversas designações. Há quem lhes chame apenas nozes douradas, mas também há quem as ligue às localidades onde antigamente eram confeccionadas. Aparecem, em muitos casos, designadas como nozes douradas de Colares ou nozes douradas de Galamares. Em Colares ainda podem ser encontradas em algumas pastelarias da freguesia, como é o caso da Ribeirinha de Colares (ao lado da GNR e da Junta de Freguesia). Em Galamares, infelizmente, a pastelaria que habitualmente as fabricava, há muito que encerrou as portas!
Estas nozes douradas também podem ser provadas na Pastelaria Piriquita, no centro da Vila Velha de Sintra.

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segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Doçaria Sintrense V

Parrameiros

Os “Parrameiros” são um bolo típico de toda a zona saloia, sendo particularmente famosos para os lados de Mafra.
Em Sintra, este bolo saloio, que se apresenta com a forma de uma ferradura, é essencialmente vendido nas feiras tradicionais do Concelho.
Existem especialistas em gastronomia que comparam os “Parrameiros” ao bolo de noivo ou de noiva. No livro de Maria de Lourdes Modesto, “Cozinha Tradicional Portuguesa”, é com esse nome que vêm referenciados.
Sabe-se que a grande diferença que distingue estas duas terminologias é que os “Parrameiros” levam obrigatoriamente erva-doce, o que raramente acontece com os bolos de noivo (que normalmente são enfeitados com folhas e flores de laranjeira – daí a nomenclatura).
Os “Parrameiros” têm um maravilhoso sabor a canela e a limão.
Vale a pena experimentar!

Receita

(Foto: Roteiro Gastronómico de Portugal)

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domingo, 24 de setembro de 2006

Chico


Já estou em estágio...

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Doçaria Sintrense IV

Os Agualvas, o doce de Agualva

Assim como Sintra tem os famosos travesseiros e queijadas e Belas tem os Fofos, Agualva tem os… Agualvas. Trata-se de um doce tradicional desta freguesia do Concelho de Sintra que data de há mais de 80 anos.
Este doce apresenta uma forma triangular e a canela é o ingrediente essencial. Dizem os entendidos que "se não forem em triângulo, não são Agualvas".
Antigamente os Agualvas eram confeccionados por uma senhora que os punha à venda numa pastelaria que, entretanto, desapareceu. Com ela, desapareceram estes formidáveis bolos. Há quase dois anos, uma pastelaria da zona, a Pastelaria “Mina dos Amigos”, no Cacém, iniciou o fabrico e venda destes doces, todas as sextas-feiras, a partir das 11 horas da manhã.Jorge Trigo, Presidente da Comissão para o Desenvolvimento de Agualva-Cacém, responsável pelo reaparecimento dos Agualvas conta que a freguesia de Agualva-Cacém costumava encomendar esta iguaria para servir em eventos realizados na localidade

(Foto: Alvor de Sintra)

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quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Doçaria Sintrense III

Os Fofos de Belas

O nome dado a esta iguaria - um ex-libris da vila de Belas e uma referência na gastronomia do Concelho de Sintra - não pode ser mais adequado!
São pequenos pães-de-ló, recheados de creme e polvilhados com açúcar, feitos de ovos, farinha e leite (para o creme interior).Os Fofos de Belas são confeccionados, desde 1850, na já famosa Fábrica dos Fofos de Belas que foi criada há quatro gerações.

Estes deliciosos bolinhos, inicialmente conhecidos como Fartos de Creme, e cuja receita se tem mantido inalterável ao longo dos anos, passando de geração em geração, são ainda cozidos no forno a lenha original da Fábrica de Belas, um forno com porta de ferro que faz lembrar os fornos antigos dos palácios reais.

(Fotos: Relojoaria)

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quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Doçaria Sintrense II

Travesseiros de Sintra

Os Travesseiros de Sintra são um dos mais afamados doces da região. Não há ninguém que passe por Sintra e não se sinta obrigado (ou pelo menos tentado) a experimentá-los.
São deliciosos (de comer e chorar por mais!), principalmente quando estão quentinhos e acabadinhos de sair do forno. São feitos de massa folhada, recheados com doce de ovos com amêndoa e polvilhados de açúcar…
Os travesseiros de Sintra são vendidos em quase todas (senão todas) as pastelarias da região, mas não posso deixar de sugerir um lanche na Piriquita, uma das mais afamadas pastelarias da Vila Velha.

(Pastelaria Piriquita, Vila de Sintra)

Para quem estiver longe e quiser arriscar em casa (não me responsabilizo) aqui fica a receita!
Parece simples…

Ingredientes:
- 500 Gramas de massa folhada caseira
- 1 Chávena de chá de ovos-moles com amêndoa

Confecção:
Estenda a massa folhada até atingir a espessura de 4mm, polvilhando ligeiramente com farinha sempre que necessário para não pegar nem ao rolo nem à mesa. Depois corte com uma faca rectângulos de massa com cerca de 12x12 cm. Coloque no centro 1 colher de sobremesa de Ovos-moles com amêndoa, espalhando um pouco no sentido da largura sem chegar aos bordos. Enrole com cuidado e espalme-os ligeiramente de modo que o fecho da massa fique virado para um dos lados nunca para baixo. Coloque os travesseiros num tabuleiro separados ligeiramente uns dos outros e leve a cozer em forno bastante quente cerca de 15 minutos. Quando estiverem cozidos, retire-os e polvilhe-os ainda quentes um a um com açúcar.

BOM APETITE!


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terça-feira, 19 de setembro de 2006

Doçaria Sintrense

Ora cá estou eu a responder ao primeiro desafio que me foi feito.
No anterior post, pedi aos leitores do “Para os lados de Sintra” que me fossem dando ideias sobre temas a abordar neste blog.
A primeira ideia não tardou! Quem a sugeriu foi a “Françana” que me desafiou a falar sobre a doçaria da região sintrense.
Decidi então dividir a informação em vários posts e apresentar, um por um, os doces tradicionais do concelho!
Uns já conhecia, outros descobri-os através das minhas pesquisas.
E, como não podia deixar de ser, vou começar pelos mais famosos e… pela Vila de Sintra propriamente dita!

Queijadas de Sintra, um doce secular

As deliciosas Queijadas de Sintra parecem ter tido a sua origem na localidade de Ranholas, junto à Quinta do Ramalhão, freguesia de São Pedro de Penaferrim. Aí terá começado também a sua industrialização, pelas mãos de uma senhora chamada Maria Sapa, em meados do século XVIII.Segundo os arquivos da Torre do Tombo, as primeiras referências às famosas Queijadas de Sintra remontam ao século XIII, reinado de D. Sancho II. Nessa altura, e segundo estes arquivos, as queijadas eram uma forma de pagamento de foros.Em meados do século XIX, surgiram as principais fábricas ainda existentes, tais como a “Sapa”, a “Piriquita”, o “Gregório” e a “Casa do Preto”.

Mais informação aqui

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segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Dois aninhos...

No passado sábado este blog soprou duas velinhas.
Foram dois anos em que eu própria aprendi imenso sobre a magia de Sintra. Partilhar toda a informação que fui organizando e pesquisando foi um prazer imenso.
Estou ligada a esta terra desde que nasci e cada vez mais me sinto parte dela.
Um grande obrigada a todos os que me visitaram ao longo destes dois anos e, principalmente, àqueles que me deixaram comentários que me ajudaram a crescer e a oferecer mais e melhor informação sobre esta belíssima terra.
Como tenho tido imensas mensagens encorajadoras, vou continuar!

Gostava, no entanto, de vos pedir que me fossem dando ideias novas e que fossem pondo algumas questões sobre Sintra. Deste modo, ajudam-me a oferecer temas novos… pode ser a história de um edifício, de uma pessoa, de um lugar… enfim, tudo aquilo que quiserem saber. Se eu não souber, vou à procura!
Não hesitem…

OBRIGADA A TODOS!
(Foto: NoSetPlans)

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sábado, 9 de setembro de 2006

O pôr-do-sol nas Azenhas do Mar...










(Fotos: Para os lados de Sintra)

Estas são as prometidas fotos do fantástico pôr-do-sol nas Azenhas do Mar.
Foram tiradas numa maravilhosa noite de Agosto, do Restaurante das Piscinas.

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sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Efemérides de hoje...

A 8 de Setembro de 1503 deu-se início à primeira construção do Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, no local onde hoje se encontra o Palácio da Pena.
Este mosteiro foi quase todo construído em madeira e completou-se em apenas oito anos.
Para a sua construção, o Rei D. Manuel I mandou demolir o cume do penhasco "numa área de 315 palmos de sul a norte e 250 de nascente a poente".


(Foto: D. Manuel I, Arqnet)

A história deste Mosteiro inicia-se em 1499, quando D. Manuel I recebeu, no Paço de Sintra, actual Palácio da Vila, a notícia da descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. A lenda conta que, andando D. Manuel I a caçar no alto da serra, e preocupado com as novas da Índia, avistou, de um dos picos onde existia uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Pena, a nau de Nicolau Coelho a entrar na barra do Tejo. Por esta graça concedida, D. Manuel I mandou então erguer o Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, confiando o mesmo à Ordem de São Jerónimo.

Nicolau Coelho
Navegador português dos séculos XV e XVI, que acompanhou Vasco da Gama na viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia onde comandou a nau “Bérrio”, tendo como piloto Pêro Escobar e, por escrivão, Álvaro de Braga. Foi o primeiro a chegar ao Tejo com a boa notícia da chegada à Índia e D. Manuel I o cumulou de honrarias: em carta régia de Fevereiro de 1500, concedeu-lhe elevada pensão anual, propriedades, distinções heráldicas.


(Foto: "Bérrio", Nau de Nicolau Coelho, Biblioteca Nacional Digital)

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quinta-feira, 7 de setembro de 2006

O grande incêndio da Serra de Sintra

Militares mortos homenageados

A Câmara Municipal de Sintra juntou-se, hoje de manhã, a uma homenagem aos militares do Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa de Queluz, que morreram carbonizados no combate a um incêndio que deflagrou na Serra de Sintra a 7 de Setembro de 1966. A cerimónia, que está a decorrer no Pico do Monge, junto ao memorial aos soldados da paz, insere-se no 40º aniversário deste violento e fatídico acidente.


(Foto: Memorial aos Soldados da Paz de 1966, Serra de Sintra, in Rituais)

Com início marcado para as 10h30m de hoje, a cerimónia conta com a presença do Oficial Capelão do Regimento, que fará um comunicado e uma oração, e irá ser deposta uma coroa de flores seguindo-se um minuto de silêncio em memória dos militares falecidos. De seguida terá lugar uma romagem ao local onde estão plantados os ciprestes que simbolizam cada uma das 25 vítimas deste acidente.
No Quartel do Regimento de Artilharia Antiaérea N.º1 de Queluz vai ser guardado um minuto de silêncio em simultâneo com as cerimónias a decorrer no Pico do Monge.
Esta homenagem pretende sensibilizar os cidadãos para o flagelo em que se tornaram os incêndios florestais, sublinhando que as florestas são um bem precioso que pertence a todos e deve ser protegido.

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