quarta-feira, 28 de março de 2007

Quando se tem saudades...


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terça-feira, 27 de março de 2007

A Evolução do Tempo XI

"seguimos durante várias milhas um atalho estreito sobre uma colina selvagem e deserta que nos levou ao Convento dos Capuchos, que à primeira vista corresponde à imagem que se tem da morada de Robinson Crusoé”
(William Beckford, 1787)

Terreiro dos Cedros, Convento dos Capuchos
Meados do Século XX

(Foto: Portugal em Postais Antigos)

Inícios do Século XXI

(Foto: Dias dos Reis)

Praticamente tudo na mesma… até a árvore!

O Convento
O Convento dos Capuchos, eremitério de frades franciscanos situado na Serra de Sintra, cujo nome original é Convento da Santa Cruz, foi fundado em 1560 por D. Álvaro de Castro, filho do 4º vice-rei da Índia D. João de Castro.
A sua história encontra-se envolta em mistério, que remonta pelo menos ao momento em que D. João de Castro decidiu a sua construção. Diz a lenda que o nobre se terá perdido na Serra durante uma perseguição a um veado, e que, debaixo de um penedo, adormeceu tomado pelo cansaço. Em sonhos ter-lhe-á sido comunicada a necessidade de ali se erigir um templo cristão.
D. João de Castro morreu em 1548 antes da concretização do convento, mas D. Álvaro de Castro, conselheiro de Estado de D. Sebastião e vedor da Fazenda, honrou a vontade do pai e o Convento foi mesmo construído.
Nele habitaram sucessivas comunidades de frades franciscanos, dedicados ao trabalho interior. A primeira comunidade era composta por oito frades, sendo o mais conhecido de todos Frei Honório que, de acordo com a lenda, viveu quase até aos 100 anos e terá passado as últimas três décadas da sua vida tendo como «casa» uma pequena gruta dentro da cerca do convento, cumprindo penitência.
Com a extinção das Ordens Monásticas a comunidade de religiosos franciscanos viu-se obrigada a deixar o Convento de Santa Cruz dos Capuchos em 1834. O espaço foi adquirido pelo Visconde de Monserrate e, mais tarde, passou para a posse do estado português.
Este Convento, com as suas celas e dependências forradas a cortiça, constitui um saboroso exemplar de austeridade cristã e materializa o ideal de fraternidade e irmandade universal dos frades franciscanos.
Embora seja uma construção desprovida de elementos decorativos, note-se no templo o altar de embutidos, alguns frescos seiscentistas de André Reinoso e um frontal de azulejos do século XVIII na capelinha da cerca.

Nota: O Convento dos Capuchos foi classificado em 1948 (Decreto 37077, DG228 de 29/9/48) como Imóvel de Interesse Público, estando actualmente abrangidos pela "Paisagem Cultural de Sintra" incluída na lista de Património Mundial e, nesse âmbito, enquadrados pela lei (nº 7, artº 15 da Lei 107/2001 de 8 de Setembro)

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segunda-feira, 26 de março de 2007

Vistas de Sintra VI


Maravilhosa esta foto do Palácio da Pena...
(retirada do site Pbase)

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sexta-feira, 23 de março de 2007

Praia da Aguda


(Foto: Paulo Azevedo)

A Praia da Aguda fica situada em Fontanelas, entre as Azenhas do Mar e a Praia do Magoito. É, sem dúvida alguma, uma das mais bonitas praias do litoral sintrense, com arribas escarpadas de magnífico recorte.
Para quem gosta de praias calmas e sem muita gente é o ideal e, quem escolhe esta praia para passar um dia agradável, não precisa de se preocupar com o estacionamento. No entanto, o acesso ao areal é feito através de uma escadaria íngreme e não é de todo apropriada a pessoas com pouca mobilidade, com vertigens e a crianças.

A Praia não é vigiada e não possui nem restaurante, nem café. Talvez por isso não seja muito concorrida.
Entre a fauna que pode ser observada, para além dos diversos tipos de arbustos que decoram a íngreme falésia, encontram-se diversos moluscos, tais como o polvo, a lula, o choco, mexilhão, a lapa, o berbigão, a amêijoa e os percebes.
Esta praia é também muito procurada para a prática da pesca desportiva.

(Fotos: Câmara Municipal de Sintra)


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Janelas de Sintra II


Palácio da Pena

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sexta-feira, 16 de março de 2007

Camões escreveu...

"Sintra é o mais belo adeus da Europa quando enfim encontra o mar"
Luiz de Camões

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quinta-feira, 15 de março de 2007

Fim-de-semana em Sintra…

À beira do fim-de-semana, aqui fica uma magnífica proposta para quem quer passar uns dias de absoluto descanso, o Convento de São Saturnino!
O Convento de São Saturnino, caracterizado pela sua arquitectura tipicamente romântica, é um convento rural do século XII, situado numa área protegida perto do mar, num vale da serra de Sintra de impressionante beleza natural. Durante as obras de recuperação, iniciadas em 1998, foram encontrados no lugar inúmeros objectos antigos que, juntamente com registos documentais, apontam para a grande probabilidade de ali ter existido um local de culto a São Saturnino, aquele que também terá sido venerado numa ermida situada no alto da serra da Sintra, a cerca de 1 hora de caminho do actual convento, no lugar conhecido como Peninha.

Após ter sido recuperado, o Convento foi aberto ao turismo em 2002. O conjunto arquitectónico revela ser um curioso labirinto de escadas e recantos, jardins e muros, terraços e miradouros, com fabulosas vistas panorâmicas. O antigo tanque do convento deu origem a uma piscina, localizada bem no cimo, rodeada pelo verde da serra. No interior, também se preservou a antiga traça do convento e a palavra de ordem é conforto.
Os cinco quartos existentes são todos diferentes e oferecem uma atmosfera especial e distinta. São eles o quarto da torre, da marquesa, do dossel, da alcova e da torre velha.

O Convento de S. Saturnino é considerado um "atmosphere hotel", conceito que integra unidades hoteleiras que se distinguem por particulares características de conforto, bem-estar e sábia integração na paisagem envolvente, como é, sem dúvida, o caso.

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terça-feira, 13 de março de 2007

Leslie Howard, “O 13º Passageiro”…

“No dia 1 de Junho de 1943, um avião civil da KLM, pilotado pelo comandante Quirinus Tepas, que assegurava a ligação de Portugal ao Reino Unido, foi abatido por uma esquadrilha alemã, quando sobrevoava o Golfo da Biscaia. A bordo iam 13 passageiros, entre os quais o actor de teatro e cinema Leslie Howard, que regressava de uma série de palestras de propaganda, efectuadas em Lisboa e Madrid.
Desde então várias teses se têm defrontado para explicar o insólito acontecimento. A «linha de Lisboa», como era conhecida, gozava de imunidade, por via de um acordo diplomático não escrito, que vigorava entre as forças do Eixo e os Aliados.
José António Barreiros, que nos últimos anos se tem dedicado a estudar as redes estrangeiras de espionagem em Portugal durante a Segunda Guerra, escreveu um pequeno livro sobre o assunto e o guião de uma banda desenhada, a que a pena de Carlos Barradas deu vida e colorido.

Esta obra é enriquecida por um texto final da autoria do professor americano Douglas Wheeler, reputado historiador e especialista na matéria, recentemente condecorado pelo Estado Português pelo desempenho em prol da cultura portuguesa. Trata-se pois de uma narrativa real, se bem que inacreditável.
Ao findar a leitura sente-se que o assunto não está esgotado e que o mistério sobre o destino do «voo 777» permanece. Que razão teria ditado tal ataque mortal, sendo certo que não era a primeira vez que este avião DC3 era metralhado? Teriam os alemães confundido Alfred Chenhalls, o corpulento companheiro de viagem de Howard, com Winston Churchill? Seria o alvo Wilfred Israel, o animador do ‘Socorro Judaico’, agente determinante no repatriamento de judeus? Visaram os ‘Junkers’ o director-geral da ‘Shell Oil’ em Portugal, Tyrell Shervington, personagem relevante da rede clandestina de sabotagem e guerra subversiva do ‘Special Operation Executive’?
No livro tudo isto está contado e muito mais. O leitor segue, a par e passo, a estadia daquele que contracenou com Clark Gable em «E Tudo O Vento Levou» pela cidade de Lisboa, no final de Maio de 1943. Lendo nas entrelinhas do conhecido, esta publicação sugere algumas pistas para compreender quem foram os autores deste crime e também os seus encobridores.”

O Livro “O 13º Passageiro”, da autoria de José António Barreiros, com ilustrações de Carlos Barradas, vai ser apresentado na próxima quinta-feira, 15 de Março, pelas 18h30m, na sala Vergílio Ferreira, na Biblioteca Municipal de Sintra, Casa Mantero.


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sexta-feira, 9 de março de 2007

Efemérides de hoje...

A 9 Março de 1890, foi fundada a Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares.
Aqui fica esta pequena recordação...


(Foto: Antiga Carreta dos Bombeiros de Colares)

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quinta-feira, 8 de março de 2007

Hoje só tenho uma coisa dizer...

Parabéns Pai... por ontem, pelos 50 anos da RTP, e por hoje, pelas tuas 6o Primaveras!

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quarta-feira, 7 de março de 2007

1000

O "Para Os Lados de Sintra" já ultrapassou as 1000 visitas desde 7 de Fevereiro, altura em que coloquei o contador.
O visitante nº1000 é de Lisboa e visitou o blog ontem, às 20h52m!
A todos os habituais visitantes o meu muito obrigada!
E já sabem, se tiverem ideias para posts, ou quiserem alguma informação específica sobre Sintra e arredores... é só pedir!

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terça-feira, 6 de março de 2007

A Casa de António Silva na Praia das Maçãs


No seguimento do post anterior, no qual referi que o actor António Silva possuiu uma casa na Praia das Maçãs, um leitor atento e bem informado, de nome P. Domingos, esclarece quanto à localização da casa do actor: “subindo a Rua António Garcia de Castro e entrando na estrada da Tomadia (uma é o seguimento da outra) a primeira saída à direita é a (praceta ou travessa) António Silva e a casa ao fundo (com poucas modificações exteriores) pertenceu ao saudoso António Silva”.

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sábado, 3 de março de 2007

O Costa do Castelo

Faz hoje 36 anos que o teatro e o cinema português ficaram mais pobres. Neste dia, e 1971, faleceu, em Lisboa, o grande António Silva.

António Maria da Silva nasceu em Lisboa a 15 de Agosto de 1886 no seio de uma família modesta. Começou a trabalhar cedo, chegando a ser trabalhador no comércio e até mesmo bombeiro.
Estreou-se no Teatro da Rua dos Condes, com a companhia de Alves Costa, na peça "O Novo Cristo", de Tolstoi, em 1910. Partiu em tournée para o Brasil e aí permaneceu até 1921.
Em 1933, interpretou o "alfaiate Caetano" na "Canção de Lisboa", de Cottinelli Telmo, o seu primeiro filme em solo português e que o tornou bastante popular junto do público. Passou então a primeira figura de cartaz, pisando o palco lisboeta com o teatro de revista. Fez uma dupla de sucesso com o seu parceiro de cena, Vasco Santana, especialmente em "Senhora da Atalaia" e "Alto Lá com o Charuto!".
Participou em filmes como “As Pupilas do Senhor Reitor”, “O Pátio das Cantigas”, “Amor de Perdição”, “O Costa do Castelo”, “A Menina da Rádio”, “Fado, História de uma Cantadeira”, “O Leão da Estrela”, “O Grande Elias”, “Aqui Há Fantasmas”, entre outros.
António Silva casou-se com Josephina Marco, filha do cantor italiano Giuseppe Paccini, em 1920.
Diz-se para os lados de Sintra, que o casal possuía uma casinha bem no centro da Praia das Maçãs... ainda não descobri onde, só sei que é perto do antigo posto dos Correios.

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sexta-feira, 2 de março de 2007

Um relato umbiguista...

Hoje tive a agradável surpresa de verificar que este blog – do qual tanto me orgulho! – está referenciado na página de uma Fundação Espanhola, de nome Fundación Ignacio Larramendi. Fiquei orgulhosa! Espreitem aqui!


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quinta-feira, 1 de março de 2007

Para Sempre!

Virgílio Ferreira nasceu em Melo, concelho de Gouveia, Serra da Estrela, a 28 de Janeiro de 1916. Faleceu em Lisboa, aos 80 anos, a 1 de Março de 1996.
A ele lhe devo a casa que hoje tenho em Sintra e, provavelmente, e segundo contam, a minha própria existência!
Passo a explicar: Virgílio Ferreira, que tive o privilégio de conhecer bem, era um dos melhores amigos do meu avô materno e foi ele que o apresentou à minha avó, em Faro. Foi ele também que convenceu o meu avô a comprar um terreno, pertinho da casa dele, em Fontanelas. A minha mãe conta que, na brincadeira, Virgílio lhe dizia: “eu sou o responsável por tu existires”.
Era uma pessoa séria, de poucas gargalhadas. Lembro-me bem do desespero do escritor quando o barulho no jardim, provocado pelos netos e seus amigos (entre eles eu), não o deixava trabalhar. Muitas vezes éramos ‘corridos’ para a minha casa, que ficava a uma centena de metros.
Recordo-me dos seus passeios de bicicleta (daquelas à ciclista) e dos seus passeios a pé, em direcção ao restaurante ‘O Zé do Café’, no Largo de Fontanelas, para almoçar ou jantar, na companhia da mulher, Regina.
Lembro-me bem da tristeza da minha avó quando lhe contei… a sensação do desaparecimento dos amigos. “Estou triste como a noite”, disse-me. Nesse dia 1 de Março de 1996, tinha eu apenas 22 anos, ofereci-me para levar a minha avó a Melo, Serra da Estrela, onde o amigo de tantos anos seria sepultado. Apesar das circunstâncias foi uma bonita viagem, e até deu direito a um jantar na Quinta das Lágrimas, no regresso a Lisboa. Mas o que me marcou mesmo foi o local onde o amigo da minha avó ficou sepultado: num cantinho poético do pequeno e bonito cemitério de Melo, virado para a serra, como sempre quis e desejou. “Para Sempre”!

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