segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Mãe,

As primeiras linhas do dia de hoje,
são dedicadas a ti…

Porque és a minha mãe…

Porque foste a primeira pessoa
a conhecer-me…

Porque, ao contrário do que pensas,
estiveste sempre presente,
mesmo quando estavas ausente…

Porque me conheces tão bem…

Porque tens uma paciência infinita
para me aturar.

Por tudo o que fizeste e fazes por mim,
sempre sem pedir nada em troca.

Porque partilhamos os mesmos gostos.
(excepto a matemática!)

Porque…
porque…
porque…

Amo-te muito…
e fazes anos hoje!
Parabéns!


D. Fernando II, O Rei Artista

A 29 de Outubro de 1816, nasceu em Coburgo, Alemanha, D. Fernando II, Duque de Saxe-Coburgo-Gotha, o Rei Artista. De nome completo Fernando Augusto Francisco António, casou-se com D. Maria II, Rainha de Portugal, e foi regente do reino após a sua morte, em 1853.
Em 1869, D. Fernando II casou-se com Elissa Hensler, a Condessa d’Edla.
Foi ele que mandou construir o Palácio da Pena e foi o grande responsável pela construção e desenvolvimento do maravilhoso Parque da Pena.

Aqui fica a homenagem...

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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Efemérides de hoje...

A 25 Outubro de 1951 faleceu em Versalhes, França, D. Amélia de Orleães, a Rainha D. Amélia, última rainha de Portugal.

(Foto: Arquivo 'Expresso')

Aos pés de sua cama, na hora da morte, estava a bandeira portuguesa e, de avião, chegaram a Versalhes flores vindas de Portugal, com um cartão simples: «Do Parque da Pena».
A história da Rainha D. Amélia está muito ligada ao Parque da Pena e ao seu palácio. Aí se refugiou após o regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, para recuperar do profundo desgosto em que se encontrava, após a morte do Rei D. Carlos I, seu marido, e do Príncipe Luís Filipe, seu filho mais velho.
Depois da sua morte, o corpo da Rainha foi transladado para a sua última morada, junto do marido e dos filhos, no Panteão Real dos Braganças, na Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa.



José Luis Monteiro e o 'Chalet Biester'


Também a 25 Outubro, mas no ano 1848, nasceu em Lisboa o arquitecto José Luís Monteiro, responsável pela construção de um dos mais bonitos chalets da Serra de Sintra, o Chalet Biester na Estrada da Pena, na altura propriedade de Ernesto Biester.
José Luís Monteiro foi arquitecto da Câmara Municipal de Lisboa a partir de 1 de Abril de 1880, onde participou num grande número de projectos camarários. Foi ainda professor de Arquitectura Civil da Escola de Belas Artes de Lisboa, contribuindo para a profunda remodelação curricular que a licenciatura de Arquitectura viria a ter nos anos de 1920 a 1940.


Entre outras obras de destaque, José Luís Monteiro foi também o arquitecto responsável pela Estação do Rossio, pela Sociedade de Geografia de Lisboa e pelo Hotel Avenida Palace, também em Lisboa.


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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O Monteiro dos Milhões

(Foto: Wikipédia)

No dia 24 Outubro de 1920, em Sintra, faleceu António Augusto Carvalho Monteiro, mais conhecido por ‘Monteiro dos Milhões’, o magnata que mandou construir o místico Palácio da Quinta da Regaleira.

(Foto: CMS)


Filho de pais portugueses, Carvalho Monteiro nasceu no Rio de Janeiro a 27 Novembro de 1848. Herdeiro de uma enorme fortuna, que provinha do comércio de cafés e pedras preciosas, e licenciado em leis pela Universidade de Coimbra, o ‘Monteiro dos Milhões’ foi um distinto coleccionador e bibliófilo, detentor de uma das mais raras colecções camonianas portuguesa. A sua grande cultura terá decerto influenciado a misteriosa simbologia do palácio da Quinta da Regaleira, situado na encosta da Serra de Sintra, perto do Palácio de Seteais.

(Foto: CMS)


Homem excêntrico, Carvalho Monteiro mandou construir o seu enorme túmulo no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, deixando-o a cargo do mesmo arquitecto que projectou o Palácio da Quinta da Regaleira em Sintra, Luigi Manini (também autor do projecto do Palácio do Buçaco). Este sepulcro parece mesmo ter sido retirado do místico palácio sintrense...


A porta deste enorme jazigo (um dos maiores e mais imponentes do cemitério), situado na alameda principal do Cemitério do lado esquerdo, está carregada de simbologia e era aberta com a mesma chave que abria a Quinta da Regaleira e o seu palácio na Rua do Alecrim, em Lisboa. Este jazigo, uma verdadeira obra de arte, ostenta uma multiplicidade de simbologias maçónicas. A porta tem uma abelha gravada na aldraba, carregando uma caveira. A abelha, diligente e trabalhadora, representa o maçon no seu esforço organizado.



O gradeamento, que se encontra nas traseiras do jazigo, ostenta a simbologia do vinho e do pão, o espírito e o corpo. Possui também diversas corujas, símbolo de sabedoria, assim como papoilas dormideiras, que simbolizam a morte.

Para quem não conhece o Cemitério dos Prazeres, vale a pena uma visita. Para além de um mero cemitério, é um conjunto impressionante de obras de arte da arquitectura, e onde estão sepultados grandes vultos da cultura, política e vida social portuguesa.


Cemitério dos Prazeres

O Cemitério dos Prazeres foi construído no ano de 1833. Em Junho desse ano, uma violenta epidemia de cólera morbus assolou Lisboa, causando milhares de mortos, o que forçou as autoridades sanitárias ao estabelecimento de dois cemitérios, e à proibição dos enterramentos nos espaços religiosos, como tradicionalmente se efectuavam. A legislação vem regulamentar a interdição dos enterramentos em igrejas, conventos, ermidas e demais espaços religiosos, obrigando à construção, em todo o País, de cemitérios públicos.

Servindo o lado ocidental de Lisboa, onde se implantavam os bairros das residências aristocráticas, desde cedo que este se torna o cemitério das famílias dominantes da cidade. Símbolos de variadas interpretações, religiosas, maçónicas, profissionais, heráldica, bem como a disposição espacial das construções e a variação das formas de que se revestem, tornam este espaço num precioso testemunho da forma como no séc. XIX se pensava a morte.

Entre outros, estão sepultados no cemitério dos prazeres a Condessa d’Edla (mulher do Rei Artista, D. Fernando II), os actores Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro, Família D’Orey (os segundos proprietários da Quinta da Regaleira), Alfredo Keil (autor do hino nacional ‘A Portuguesa’), Oliveira Martins, Duque de Palmela e onde estiveram sepultados Amália Rodrigues e Aquilino Ribeiro, entre muitos outros nomes de destaque.

(Fotos Cemitério dos Prazeres: Para os Lados de Sintra / Fonte: Wikipédia)


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terça-feira, 23 de outubro de 2007

Sintra e "A Crónica de El-Rei D. João I"

"E a primeira cousa em que se ocupou depois que el-rei de Castela levantou o cerco, foi tomar os lugares dos arredores da cidade que tinham voz por Castela. E chegou à fala com alguns de Sintra, onde estava o conde D. Henrique Manuel por fronteiro, a cinco léguas da cidade, para que lhe dessem o castelo daquele lugar que é uma grande fortaleza num alto e fragoso monte, com a vila no sopé dele, sem nenhuma cerca que a possa defender".

LOPES, Fernão, "A Crónica de El-Rei D. João I"

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domingo, 21 de outubro de 2007

Se eu pudesse...

Passava horas sentada neste banquinho a ler um livro!
Existem cantinhos a que não se consegue resistir!

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sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Convento de Santa Ana do Carmo de Colares (cont.)

Arquitectura Exterior

O Convento de Santa Ana do Carmo em Colares é um interessante exemplar de arquitectura religiosa maneirista da primeira metade do século XVII e de decoração já de carácter barroco. Uma linguagem arquitectónica cada vez mais integrada na escola italiana, muito ligada à arquitectura militar, define, no final do século XVI, um modelo nacional que se manterá durante o século XVII e para além das primeiras movimentações do Barroco.

Sob influência de Filipe I (Filipe II de Espanha), a Aula de Arquitectura constituirá a base pedagógica organizada de uma formação intelectual de artistas nos moldes clássicos e versados, tanto na teoria como na parte técnica e prática. As obras sob impulso régio situam-se sobretudo em Lisboa e os principais encomendados serão, pela maior parte, os clérigos e as ordens religiosas.
A protecção concedida às Ordens religiosas pelo novo poder filipino, traduzida no incentivo à fixação de novas regras, numa política de confirmação de privilégios e de produção legislativa de defesa dos seus interesses, está na origem de uma intensa actividade arquitectónica que, se começa imediatamente após a entrada de Filipe II em Portugal, só vem realmente a declinar nos começos do segundo quartel do século XVII.
Já atrás é referido que a construção do convento tal como se encontra hoje decorreu sobretudo durante o século XVII e sob o patrocínio mecenático de D. Dinis de Melo e Castro.
Colares viveu, durante os princípios do século XVII, sob uma generosa protecção artística e social, na pessoa deste bispo, notabilíssimo varão da Igreja, que nesta vila actuou como príncipe mecenas e protector. Sugere, por outro lado, um exemplo de vivência sob o domínio filipino nesta região, que os próprios anos de vida realçam, pois teria nascido cerca de dez anos antes da perda da independência e virá a falecer mesmo em 1640, ano da Restauração do reino.


Planta em L, irregular, composta por igreja de nave única, capelas laterais profundas e capela-mor, a que se adossa o edifício conventual a Sul, aberto por dois claustros, um pequeno e um grande.


A fachada da Igreja Conventual, orientada para poente, embora tardia e exibindo já os valores decorativos barrocos, mantém, na empena triangular e nas três janelas em que a central é mais elevada, uma tipologia característica da arquitectura da ordem carmelita. Esta fachada é também delimitada por cunhais de cantaria, rasgada por porta em arco abatido com pedra de armas no lintel e nicho com imagem de Nossa Senhora do Carmo, com emolduramento recortado.


(Fotos e Texto: André Manique / Foto Filipe I: Wikipédia)


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quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Always with me, always with you

Dezoito anos (carta acabada de tirar), pé no acelerador, janelas abertas, música a rebentar nas colunas e mentes cheias de sonhos. Era assim que, todas as sextas feiras, nos dirigíamos à Praia Grande para o tão esperado fim-de-semana!
Escolhíamos os atalhos mais inesperados (para fugir às tão indesejáveis auto-stops) e rumávamos ao sítio do costume, onde encontrávamos os amigos do costume para, depois, irmos à discoteca do costume.
Era rotineiro (é verdade!), mas não há quem não se lembre e não recorde com saudades esses tempos em que fomos todos tão felizes! Continuamos a ser, de facto, mas não houve mais tempos como esses! Agora, dividimo-nos entre as casas uns dos outros, entre fraldas, biberões e birras, sem grandes saídas à noite à mistura. Outra vida… outra magia! Diferente! Mas bom… sempre felizes e sem grandes percalços!

No auto-rádio (na ausência de leitores de CD’s que ainda não existiam, pelo menos nos carros) tocava a cassete do costume com músicas gravadas em repeat! Uma, e outra, e outra, e outra, e mais outra, até ficarmos fartos. Aí, retirava-se a cassete e arranjava-se substituta. Outra vez em repeat! E assim se passavam os 40 minutos que separavam a Lapa da Praia Grande! Chegávamos, sempre sãos e salvos, em grande animação, e assim nos conseguíamos manter até, se fosse preciso, às 7 da manhã (coisas da idade!).

Este tema foi um daqueles que, durante muitos anos, tocou em repeat no auto-rádio do meu carro e que, ainda hoje, me lembra tanto os meus amigos de sempre: “Always with me, always with you”!

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Casal Mindelo, que saudades!

Que saudades tenho do Casal Mindelo e que falta sinto quando olho para o sítio onde estava esta bela casa e só vejo moradias novas. Não é que sejam feias, mas esta bela vivenda fazia parte da paisagem...
Quem não se lembra dos cavalos do Mindelo? Muitas foram as vezes que, juntamente com os meus amigos, se proporcionava uma voltinha a cavalo e os alugávamos precisamente aqui.

O Casal Midelo, propriedade de Guilheme Oram, e mais tarde habitado por uma ordem de religiosas, encontrava-se mesmo à saída da Praia das Maçãs, do lado direito de quem seguia para as Azenhas do Mar.
Devido ao abandono e ao crescimento desta zona de veraneio, muito propcurada pela sociedade mais endinheirada de Lisboa, o casal foi demolido no ano 2000.

Ficaram, nesta estrada que liga a Praia das Maçãs às Azenhas do Mar, outros belos exemplares. É o caso do Casal das Três Marias e da Casa de Alberto Totta, a Vivenda Rafaela. Pena que se encontrem num estado de degradação quase irrecuperável. Era bom que, alguém com muito dinheiro, se empenhasse em reconstruir estas duas belas edificações. A estrada ficava certamente mais bonita!

(Foto: “O Passado e o Presente” de Rui Carmo e Nuno Gaspar, Colares, 2003)

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quarta-feira, 10 de outubro de 2007

"A Vida Interior de Martin Frost" estreia amanhã

O escritor norte-americano Paul Auster esteve este ano em Portugal a rodar o seu novo filme, The Inner Life of Martin Frost, co-produzido por Paulo Branco.
O produtor português, que conhece Paul Auster há vários anos, tem agora a sua primeira parceria profissional com o escritor. Para Paulo Branco é um orgulho trabalhar com Paul Auster e, afirma o produtor, "foi um prazer co-produzir este filme".
Foram várias semanas de filmagens, realizadas na zona de Sintra, mais propriamente no pinhal de Janas, nas Azenhas do Mar.
A história, uma versão aumentada de um dos episódios do seu romance “O Livro das Ilusões”, tem por base o encontro inesperado de um escritor de sucesso com a sua musa. Encontro este que se dá no exacto momento em que o protagonista decide passar algum tempo sozinho numa casa de campo. Será aí que, ao acordar na manhã seguinte, encontra, deitada a seu lado, uma bela mulher que não conhece e pela qual acaba por se apaixonar.
O filme chega amanhã às salas de cinema portuguesas!

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terça-feira, 9 de outubro de 2007

Convento de Santa Ana do Carmo de Colares (cont.)

Campanhas de reedificação do convento no século XVII

A construção do convento tal como está hoje, apesar da sagração da igreja em 1528 pelo bispo D. Frei Cristóvão Moniz, carmelita, decorreu sobretudo durante o século XVII e sob o patrocínio mecenático de D. Dinis de Melo e Castro, doutor em Direito Canónico pela Universidade de Coimbra, Desembargador da Relação do Porto, da Casa da Suplicação e do Paço, Bispo de Leiria, de Viseu e da Guarda e Regedor das Justiças. Será durante este período que decorrerá a campanha da quase total reedificação do convento, datando desta intervenção a capela-mor e os claustros.
Após a extinção das Ordens Religiosas, em 1834, na sequência do decreto liberal de Joaquim António de Aguiar, o convento e sua quinta passaram para a posse do Conde Leão de Clairange Lucotte, escritor de origem francesa. Era senhor de grande fortuna, mas com as primeiras construções do bairro da Estefânia e o funcionamento do primeiro comboio para Sintra gastou muito dinheiro. Como nos refere ainda José Alfredo da Costa Azevedo, “Sem tacto administrativo, com festivais e banquetes no seu Palácio da Cova da Moura, em Lisboa, e com o jogo, aniquilou a sua fortuna, acabando por morrer pobre”.


Em 1840, tudo passou para a posse do Conde de Lavradio, D. Francisco de Almeida Portugal. Segundo o escritor António Feliciano de Castilho “comprara ele (Conde de Lavradio) o Convento e cerca dos Carmelitas, a par de Colares. Cativado pela frescura, solidão e silêncio do sítio, e sentindo em si mesmo quanto era acomodado para o estudo, para o contentamento de ânimo, e para a criadora liberdade da fantasia (…)” (1).
Nove anos mais tarde a quinta do conde de Lavradio acolheria Alexandre Herculano, o poeta Bulhão Pato e o Marquês de Sabugosa.

(1) Revista Universal Lisbonense, Agosto de 1842.

Texto: André Manique


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sexta-feira, 5 de outubro de 2007

La Movida

Hola!
Pois que me afastei de terras de Sintra para mergulhar durante alguns dias na 'La Movida' Madrilena...
Aqui fica uma bela foto da Plaza Mayor, uma das mais belas praças da capital espanhola.


PS - Até aqui há galegos aos molhos! ('private joke')

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